sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Edson Areias lança "Amores marinheiros" no SINDMAR


Lançamento do livro "Amores marinheiros", do Oficial Mercante Edson Areias, aconteceu no dia 4 de dezembro, no SINDMAR. Você vai saber detalhes na edição nº 38 da revista UNIFICAR, que será distribuída no início do ano. Veja abaixo duas fotos (de André Prado) na noite de lançamento.


Fotos: André Prado/SINDMAR

Para adquirir o livro entre em contato com o SINDMAR:

Av. Presidente Vargas, 309 - 13°, 14°, 15° e 16° andares - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Brasil - Telefones 55-21-3125-7600 (Pabx) Fax: 55-3125-7640.

Dica da revista UNIFICAR: "1942, o Brasil e sua guerra quase desconhecida", João Barone

O livro do baterista dos Paralamas do Sucesso começa destacando que a Segunda Guerra "é um dos temas mais procurados na internet" e que "95% da população do Brasil ignora que nosso pais tenha participado da Segunda Guerra Mundial". Por ter sido escrito por um músico, embora apaixonado pelo assunto, e não por um escritor, o livro recebeu diversas críticas. Mas vale a pena conferir. Afinal, Barone escreve bastante sobre o afundamento de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães, que acabou mudando a postura do então Presidente Vargas em sua relação com os dois lados do conflito.

É como escreve o autor em um dos capítulos: "A Segunda Guerra chegou ao Brasil através do mar".



Para saber mais detalhes e comparar preços para os que gostam de comprar via internet, clique AQUI.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Saiba tudo sobre a Mídia Ninja



A Mídia Ninja virou assunto nas Mídias Sociais. E o blog da revista UNIFICAR não poderia ficar de fora desse tema. Quem não viu, vale a pena ver a entrevista de dois dos criadores dessa interessante iniciativa no programa "Roda Viva", da TV Cultura.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Fotos do Seminário do SINDMAR em Recife são divulgadas no facebook


O fotógrafo do SINDMAR André Prado divulgou em sua página no facebook diversas fotos do XVI Seminário do Sindicato, que aconteceu em Recife entre os dias 5 a 7 de julho. Você vai ler reportagem completa sobre o evento na próxima edição da revista UNIFICAR.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Mistérios que acontecem na edição e diagramação de uma revista

Como todo mundo deve imaginar são muitos os cuidados que se deve tomar no fechamento de uma publicação impressa. Desde a fase de apuração e redação das matérias até o envio para a gráfica. E no caso da revista UNIFICAR não é diferente. São muitas idas e vindas na redação e aprovação das matérias e do layout final, envolvendo repórteres, fotógrafo, editor, diagramador e revisor. Todo cuidado é pouco. É preciso produzir um trabalho de qualidade para o leitor e evitar da melhor maneira possível os erros. Em breve, o Blog vai produzir uma reportagem mostrando como é feita a edição da UNIFICAR. Antes, uma historinha para mostrar o erro grave que foi descoberto a tempo que, se tivesse passado, comprometeria todo um trabalho de quase três meses, tempo de periodicidade da UNIFICAR, que, como todos sabem, é trimestral. Quase no momento de enviar as páginas para a gráfica sempre é feito o que chamamos na linguagem jornalística de "pente-fino". Isso depois de muitas e muitas checagens feitas por diversas pessoas. Pois bem, na edição que está quase pronta para ser distribuída e postada no site do SINDMAR e aqui no blog da revista quase passa o "acidente" que ilustramos abaixo. Em algumas matérias uma inexplicável "Academia" apareceu em alguns trechos dos textos. Como aconteceu no artigo da "Última Página" (abaixo). O diagramador, profissional que cuida da arte da revista, e, no caso da UNIFICAR, com vasta experiência em jornais e revistas, foi alertado e teve dificuldades para entender o imprevisto. "Nunca vi isso na vida. Não tenho a menor ideia do que aconteceu. O curioso é que eu selecionava ´academia`, deletava, e aparecia a palavra em azul. Não faz o menor sentido. Coisas da informática." Além disso, ainda "correu" uma parte no final do texto, que se juntou à legenda da foto. Esperamos que essas tenham sido as únicas e derradeiras armadilhas enfrentadas e vencidas pela redação. Em breve a revista estará pronta e disponível aqui no Blog e no site do SINDMAR.
Boa leitura.

A versão com o erro (em amarelo) que
quase passou pelo pessoal da redação

A versão corrigida

segunda-feira, 15 de julho de 2013

"A Petrobras não emprega novos marítimos há mais de 20 anos", Severino Almeida na revista UNIFICAR


A nova edição da revista UNIFICAR está na gráfica. Em breve também aqui e no site do SINDMAR. Aguardem.

Guerra ao facebook

Como já foi dito aqui, o blog da revista UNIFICAR não se limita apenas a divulgar as matérias da revista e os assuntos de interesses do SINDMAR. Temas de interesse geral também fazem parte da pauta do Blog. Como esta interessante entrevista que saiu hoje no jornal Folha de S. Paulo. Especial para quase todos nós que acessamos o facebook e outras redes sociais. Refletir é preciso.


A entrevista na íntegra.


ENTREVISTA MAX SCHREMS
O Facebook não respeita as leis de privacidade europeias
Fundador do grupo 'Europa contra o Facebook' diz que a única alternativa ao usuário é cobrar leis mais fortes

BERNARDO MELLO FRANCO - DE LONDRES

Em 2011, um austríaco com então 23 anos resolveu desafiar o Facebook. Max Schrems, estudante de direito em Viena, evocou as leis europeias de proteção da privacidade para pedir cópia de todas as informações que a rede social guardava sobre ele.

A resposta veio num dossiê de 1.222 páginas. Além do que o próprio Schrems compartilhava com os amigos, o site armazenava uma pilha de dados à sua revelia, como uma lista dos locais de onde ele acessou o site e os comentários que havia apagado.

A experiência levou Schrems a fundar o grupo Europa Contra o Facebook (Europe vs Facebook, em inglês), que cobra respeito às regras de privacidade dos usuários.

A entidade já teve algumas vitórias, como obrigar o Facebook a desativar uma ferramenta que identificava automaticamente o rosto das pessoas em fotos de terceiros.

Os alertas de Schrems ganharam importância depois que o jornal britânico "Guardian" acusou a rede social de repassar dados para o sistema de espionagem americano Prism, o que a empresa nega. Leia os principais trechos de entrevista concedida à Folha no sábado.

Folha -Por que você decidiu declarar guerra ao Facebook?
Max Schrems - Apresentei a primeira queixa depois de descobrir que o Facebook guardava dados que eu já havia apagado da minha conta. Eles desrespeitam de várias maneiras as leis da União Europeia sobre privacidade. Para fugir dos impostos, o Facebook mantém a sua sede comercial na Irlanda. Isso faz com que, fora da América do Norte, o site tenha que se enquadrar às leis europeias.

Sua organização indicou vários pontos em que a rede social descumpre essas leis. O que precisa mudar?
Já apresentamos 22 queixas sobre temas diferentes. Cada uma delas requer mudanças específicas. Nós não fizemos isso só por reclamar, mas também para mostrar que é possível manter uma rede social que respeite a privacidade das pessoas.

Você pediu cópia de suas informações armazenadas pelo Facebook e recebeu um dossiê de mais de 1.000 páginas. Que tipo de dados eles guardam?
Descobri que eles também armazenavam informações que já haviam sido deletadas ou que foram produzidas e arquivadas sem o meu conhecimento.
Esta é a questão mais controversa. O Facebook espiona usuários e não usuários da rede e tem mais informações do que as pessoas publicam em seus perfis.
Eles também recolhem dados sobre você a partir dos seus amigos e conseguem descobrir coisas através de sistemas estatísticos, que são usados em larga escala.

É possível saber o que o Facebook está fazendo com os dados pessoais de seus usuários?
Não. A maior ameaça à privacidade é que nós não temos nenhum controle sobre o que eles fazem com esses dados em seus servidores dos Estados Unidos. As empresas têm criado suas próprias políticas de privacidade na internet, mas normalmente elas são tão vagas que permitem que se faça qualquer coisa com as suas informações pessoais.

É sabido que o Facebook mantém um histórico das atividades e dos gostos de cada usuário e processa esses dados para escolher os anúncios que aparecem em sua tela. O que mais eles conseguem fazer?
Isso também não está claro. Um exemplo: eles usam informações do nosso histórico para só nos mostrar o que gostamos de ver. Isso significa que opiniões diferentes das nossas são filtradas para que a gente não se irrite com o conteúdo que aparece quando abrimos o Facebook. É uma espécie de "censura de bem-estar" na rede. O Facebook coopera quando recebe pedidos ligados a investigações policiais em diversos países, o que é legítimo. Mas agora sabemos que todos os dados estão sendo usados por órgãos de espionagem do governo americano.

Mark Zuckerberg disse ter ficado indignado com as notícias ligando a rede social ao sistema Prism. Você acredita que a inteligência do governo americano tenha acesso direto aos servidores do site?
Eu apostaria meu dinheiro nisso, e acho que seria uma aposta segura. Os EUA já admitiram a existência do Prism. A única alegação deles é que os alvos não são cidadãos americanos. Para mim, que não sou americano, não é uma resposta satisfatória.
Até aqui, não surgiram indícios fortes para desmentir a informação de que o Facebook participa desse esquema de vigilância maciça. Além disso, sob as leis americanas, você é obrigado a mentir sobre a sua colaboração com esse tipo de esquema. Não vejo motivos para acreditar que a versão deles seja verdadeira.

Que recomendações daria aos usuários brasileiros do Facebook preocupados com sua privacidade?
Acho que agora todos já sabem que é bom pensar duas vezes antes de publicar algo na internet. Individualmente, não há muito o que fazer. Temos que cobrar a criação e o fortalecimento de leis que protejam a privacidade para que essas novas tecnologias voltem a merecer confiança.

Uma ministra na Venezuela sugeriu que a população abandone o Facebook para não trabalhar de graça para a CIA. O que acha desse tipo de recomendação?
O problema prático é que não há alternativas reais. Se você sair individualmente do Facebook, possivelmente vai tentar levar seus amigos para outra rede social. A única solução real seriam redes sociais abertas, em que você pudesse interagir com pessoas que estão em outras redes. Da mesma maneira que pode mandar um email de um provedor para outro ou ligar para um telefone de outra operadora.

Você ainda usa o Facebook?
Sim. Acho que deixar os serviços que nos espionam não é a solução. Na verdade, você mal consegue usar a internet sem fornecer dados ao Google, à Apple, à Microsoft, à Amazon ou ao Facebook. Temos que fazer com que as empresas respeitem a nossa privacidade, e não passar a nos autocensurar.

Está satisfeito com os resultados da sua campanha? Qual é seu objetivo final?
Já conseguimos que o Facebook desativasse o sistema de reconhecimento facial fora da América do Norte. Eles também tiveram que deletar dados antigos, formular uma nova política de privacidade e montar uma equipe de 15 pessoas só para lidar com as nossas queixas.

Rede social diz não colaborar com espionagem
DE SÃO PAULO
Por meio de nota, o Facebook se pronunciou sobre alguns dos pontos levantados pelo ativista Max Schrems.

A respeito de ter uma sede fiscal na Irlanda para fugir do pagamento de impostos, a empresa diz que tem um escritório em Dublin que emprega 400 pessoas.

Segundo a rede social, a cidade é a melhor localidade para contratar funcionários que falam várias línguas e com capacidade para gerir uma operação de alta tecnologia que atenda a Europa.

"O Facebook contribuiu com 400 milhões de euros para a economia de Dublin, gerando 4.500 empregos diretos e indiretos", informou.

A nota diz ainda que o Facebook "está de acordo com todas as regulações corporativas relevantes, incluindo as relativas à tributação e ao envio de informação fiscal".

A rede social manteve sua posição sobre o caso de espionagem das agências americanas, alegando não disponibilizar a qualquer organização governamental o acesso a seus servidores.



"Quando são solicitados dados ou informações sobre indivíduos específicos, examinamos cuidadosamente qualquer pedido e fornecemos informações apenas na medida exigida pela lei."

sexta-feira, 12 de julho de 2013

SINDMAR na passeata de 11 de julho

Foto: André Prado

O SINDMAR participou da mobilização nacional do dia 11 de julho convocada pelas Centrais Sindicais. Na passeata, os representantes do Sindicato estiveram ao lado de companheiros da unidade do Rio de Janeiro da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), levando às ruas as nossas bandeiras de luta em defesa do nosso mercado de trabalho.

Para ver mais fotos, visite o site do SINDMAR. Clique AQUI.

domingo, 30 de junho de 2013

Revista Unificar de olho na mídia: o "abismo geracional" entre a Imprensa e os jovens leitores

Arte: André Prado
Como já foi dito aqui, o blog da revista UNIFICAR não se limita  apenas a registrar o que é publicado na revista UNIFICAR e nos demais veículos do SINDMAR. É importante também estar de olho no que ocorre na Mídia, uma vez que este é um blog de uma revista. Como este artigo (abaixo) da ombudsman Suzana Singer, publicado hoje na Folha. Especial para jovens mercantes.





#vemprarua, Folha
A imprensa precisa inventar um modo de captar as mudanças de humor da sociedade e também de cobrir o que está fora das instituições
A inesperada explosão de descontentamento que se vê nas cidades mostra que alguma coisa precisa mudar no jornalismo tradicional. Como ninguém percebeu que o clima estava tão pesado?

As pesquisas que apontavam uma alta aprovação da presidente e os bons índices de emprego pareciam indicar que, apesar da inflação e da economia fraca, estava "tudo bem". Imaginava-se que a Copa das Confederações aumentaria a sensação de bem-estar, já que, diz o senso comum, o futebol sempre adiciona um ingrediente de orgulho nacional ao momento político.

A multidão, com seus gritos de protesto, deu um "looping" nessas certezas e deixou evidente que os canais da imprensa são insuficientes para captar as mudanças de humor na sociedade.

Fosse um movimento que tivesse nascido nas franjas da cidade, a surpresa seria mais compreensível. Mas o gatilho das manifestações foi acionado pelos jovens de classe média urbana, público teoricamente próximo a um jornal como a Folha.

Em sua coluna "A vez da mídia", na "Ilustrada" de quarta-feira passada, Marcelo Coelho afirma que as pessoas que se manifestam nas ruas e nas redes sociais "se sentem mal representadas na mídia tradicional". Entre outros fatores, Coelho cita um "abismo geracional", que ele identifica na falta de jovens escrevendo no jornal ou sendo entrevistados para comentar o movimento.

Rejuvenescer o corpo de colunistas poderia ajudar a criar uma sintonia maior com as ruas, mas, com certeza, não basta. Um monitoramento mais profissional das redes sociais também é um caminho, já que elas mostraram a sua força nas mobilizações pelo país.
É preciso aprender a interpretar as ondas no Facebook e no Twitter, separando o que é realmente importante do que é espuma. Trata-se de tornar realidade o pretensioso slogan da mais recente campanha publicitária do jornal em que uma garota diz: "A Folha segue o que eu penso e o que eu não penso. A Folha me segue. Eu sigo a Folha".

Não é uma tarefa fácil porque implica inventar um modo de cobrir aquilo que está fora das instituições. Para entender o que querem os manifestantes, não adianta ligar para sindicatos, agremiações estudantis ou partidos políticos. Não há nem lideranças definidas, o que subverte a lógica da reportagem política.

Perdida, a imprensa não se cansa de reproduzir os cartazes desenhados para as passeatas, na esperança de decifrar, por meio desses pedaços de papel, um fenômeno tão novo. Além de chacoalhar as diferentes instâncias de poder, a moçada do #vemprarua deu um nó na cabeça dos jornalistas.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Revista UNIFICAR de olho na história: Revolta da Chibata em vídeo

Navegar no arquivo do Jornal do Brasil na internet é viajar pela história. Como todos sabem, o Jornal do Brasil foi um dos maiores jornais do País e suas edições contam a história do Brasil e do mundo. Como essa edição em vídeo da Revolta da Chibata.




Para ler matérias da época e saber mais, clique AQUI.

domingo, 12 de maio de 2013

Revista Unificar de Olho na Mídia: o problema do direito de resposta nos jornais, revistas, tvs e rádios

Um bom artigo do jornalista Janio de Freitas publicado hoje na Folha de S. Paulo para reflexão e compreensão de como a Imprensa age. Para ler é só passar o cursor do mouse na imagem.


sábado, 11 de maio de 2013

A importância dos blogs. Resenhas de livros em blogs atraem leitores e editoras

Deu hoje na Folha de S. Paulo. Especial para blogueiros de bom nível e ligados em livros.


A abertura da matéria.


Resenhas literárias de amadores na internet atraem leitores e abrem filão para editoras

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
RAQUEL COZER
COLUNISTA DA FOLHA

Todo mês, 75 mil pessoas acessam os vídeos em que o paulista Danilo Leonardi, 26, comenta livros. A carioca Ana Grilo, 37, diz ler até 150 títulos por ano para seu blog de resenhas, escrito em inglês. O americano Donald Mitchell, 66, já publicou 4.475 resenhas na Amazon -por parte delas, levantou R$ 70 mil, doados para uma ONG beneficente.

Os três são personagens de um movimento que, nos últimos anos, chamou a atenção de editoras e virou negócio: o de críticas de livros feitas na internet por amadores, que, com linguagem mais simples, atraem milhares de leitores.

Com o aumento na venda de e-books, a expansão da autopublicação e a concorrência ferrenha entre editoras, textos escritos por hobby ou por até R$ 1.000 tornaram-se uma alternativa de divulgação capaz de atingir nichos e multiplicar vendas de livros.

Nos EUA, páginas como o Hollywood Book Reviews e o Pacific Book Review cobram de autores e editoras de R$ 250 a R$ 800 por textos a serem publicados em até 26 sites, incluindo seções de comentários de lojas virtuais.

Editoras estrangeiras passaram, em meados da década passada, a enviar livros para blogueiros resenharem, tal como já faziam com a imprensa. Em 2009, casas como Record e Planeta importaram a ideia, que logo ganhou jeitinho brasileiro: concursos tão disputados quanto vestibulares.

Nesse formato, as editoras criam formulários de inscrições e selecionam blogs após criteriosa avaliação da audiência e da qualidade dos texto. O "pagamento", ressaltam editoras e blogueiros, são apenas os livros a serem avaliados, nunca dinheiro.

No fim do ano passado, 1.007 blogueiros concorreram a cem vagas de parceiros da LeYa. Na Companhia das Letras, foram 779 candidatos para 50 vagas no semestre.

Aqui e no exterior, editoras e autores investem em anúncios ou posts patrocinados em blogs, que com isso chegam a faturar R$ 2.000 por mês.

Mas, no geral, cobrar por resenhas pega mal, e a autorregulamentação dos blogueiros é implacável. O blog americano ChickLitGirls cobrava R$ 200 por uma "boa avaliação" até ser denunciado por uma escritora. O bate-boca subsequente levou à extinção da página, em 2012.

Para se manter com cobranças, só mesmo sendo rigoroso, como a Kirkus, tradicional publicação de resenhas que, em 2004, passou a oferecer serviço de marketing para autores autopublicados.

As críticas no site podem custar mais de R$ 1.000 a autores e editoras interessados, e nem sempre são positivas. Quem contratou o serviço pode ler antes e abortar a missão caso a avaliação seja ruim. O dinheiro não é devolvido.

Abaixo a reprodução do impresso dos boxes.


Para ler é só passar o cursor do mouse nas imagens de jornais acima

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dica de livro do blog da Revista UNIFICAR: Folha explica Folha, a história de um jornal polêmico


Boa dica para quem se interessa por jornais. Conta a história da Folha de S. Paulo. Para quem conhece história política, no livro a autora comenta as acusações de que a Folha durante a Ditadura Militar emprestou veículos aos órgãos de repressão. Veja um trecho abaixo extraído do próprio livro.



É livro pequeno e tem bom preço: em torno de R$ 15,90 no site da Publifolha.

Para saber mais, clique aqui.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Carta Capital de cara nova: um novo projeto, uma nova revista

Revistas, jornais, sites, blogs e outros veículos de maneira geral estão sempre mudando os seus projetos gráficos. Como acaba de acontecer com a Carta Capital, que está saindo hoje. Para quem gosta de assuntos de Imprensa, para quem gosta de conhecer coisas novas, veja o vídeo abaixo.




segunda-feira, 29 de abril de 2013

Para quem (ainda) gosta de ler jornais: saiba o que há por trás da diminuição dos impressos

Como dissemos em post mais abaixo, além de divulgar assuntos do SINDMAR, da revista e de interesse dos mercantes, o blog da Revista Unificar vai reproduzir também reportagens, artigos e dicas sobre a Mídia de uma maneira geral. Como esse interessante artigo que saiu domingo na coluna da jornalista Suzana Singer, ombudsman da Folha. Para ler é só passar o cursor do mouse na imagem abaixo.


Para entender a função de um (a) ombudsman num jornal.

Publicada na mesma edição da Folha
(Para ler é só passar o cursor do mouse na imagem)


domingo, 28 de abril de 2013

Novo seminário do SINDMAR será em Pernambuco


Depois do sucesso do último encontro, que aconteceu em Rio das Ostras, no litoral do estado do Rio de Janeiro (foto acima publicada na revista UNIFICAR número 35), o SINDMAR já organiza o novo Seminário que será entre os dias 5 e 7 de julho no Hotel Resort Amoaras, na Praia da Marinha Farinha. Os interessados em participar poderão entrar em contato com a Delegacia doSindicato em Pernambuco pelo telefone (81) 3094-1510 ou pelos e-mails delegadape@sindmar.org.br ou secretariape@sindmar.org.br

sábado, 27 de abril de 2013

Revista Unificar de olho na Mídia: blogueiros e tuiteiros não são são jornalistas

O blog da Revista Unificar vai divulgar e debater também reportagens e artigos publicados em jornais, sites, revistas e tvs não apenas sobre assuntos voltados aos Mercantes, como também assuntos da Mídia de uma maneira geral. Como esse artigo publicado hoje na Folha de S. Paulo. O texto foi inspirado na morte de um dos acusados do atentado de Boston, cujo corpo apareceu boiando num rio dos Estados Unidos. Acusado é bom que se diga, como está no artigo, por "justiceiros on-line". A pergunta básica é: "As redes sociais "são de fato fontes soberanas de informação ou apenas geradoras de ´fatos`, ´certezas` e boatos, a serem conferidos por profissionais do ramo"? Você confia nos textos que saem em blogs e tuítes de amadores?

Para ler o artigo abaixo passe o cursor do mouse na imagem.


sexta-feira, 29 de março de 2013

Uma revista do tempo em que fazer Jornalismo era Realidade

Considerada a maior revista da história do Jornalismo brasileiro, a REALIDADE tem sua trajetória publicada em mais um livro (já foram publicados outros três). "REALIDADE - história da revista que virou lenda", de Mylton Severiano, um dos principais profissionais que trabalharam na publicação, acaba de ser lançado. O blog da revista UNIFICAR recomenda para quem conheceu a REALIDADE ou para quem gosta de revistas. Para saber mais detalhes, clique aqui.


REALIDADE foi uma revista pioneira na publicação de temas até então tabus na Imprensa brasileira como sexo, política, religião. As mulheres eram destaques na revista e a edição especial sobre a Mulher Brasileira chegou a ser aprendida pela polícia por ordem do juizado de menores (como mostra a reprodução abaixo reproduzida pela Veja numa época em que a Veja era uma revista séria).

Imprensa
A revista censurada
A apreensão da REALIDADE de janeiro de 1967 — surpreendente porque o AI-5 ainda não vigorava
Fábio Altman
Jorge Butsen
Roberto Civita (sentado, de terno escuro e óculos), diretor de redação de REALIDADE:
"Éramos um bando de jovens criativos e inquietos, com 30 anos ou menos"
Esta edição especial de VEJA bebe na fonte do número 10 da revista REALIDADE, com data de capa de janeiro de 1967, apreendida por ordem do Juizado de Menores, em São Paulo e no Rio. Ao longo das próximas páginas, VEJA retoma o fio condutor daquela revista – "A mulher brasileira, hoje" – para retratar quatro décadas de mudanças de comportamento. Convém antes conhecer o Brasil da passagem de 1966 para 1967 e entender por que REALIDADE foi subtraída das bancas.

O Brasil de 1966 – o terceiro ano do regime militar – nada tinha a ver com o país que viveria anos plúmbeos, de ditadura e terrorismo, depois da decretação do AI-5, em dezembro de 1968. O ambiente político era incomparavelmente mais tranquilo, embora já houvesse sinais de fechamento. Em fevereiro daquele ano, o AI-3 do presidente Humberto Castello Branco estabeleceu eleições indiretas para governador e prefeito de capitais. Em outubro, ele fechou o Congresso durante um mês, como retaliação pelos protestos dos parlamentares contra a cassação do mandato de deputados. Mas não havia censura nem tortura nos porões.
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Nesse ambiente, em abril de 1966 nasceu a revista REALIDADE, da Editora Abril, que dois anos depois lançaria VEJA. Em apenas seis meses, ela já vendia 475 000 exemplares. "Éramos um bando de jovens inquietos e criativos, com 30 anos ou menos, loucos para cutucar todas as onças com varas muito curtas", diz Roberto Civita, à época diretor de redação de REALIDADE, hoje presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e Editor de VEJA. "Conseguimos, com boas ideias e reportagens muito benfeitas, além de esteticamente bonitas, encantar uma geração – era a revista deles." Não havia tema espinhoso que escapasse do crivo: divórcio (desquite, naquele tempo), sexo, homossexualidade, juventude, drogas, celibato na Igreja e muito mais, assuntos tabus habitualmente sumidos de outras publicações.
Para a edição de número 10, de janeiro de 1967, os editores – que faziam as reuniões de pauta em volta de uma mesa no restaurante do elegante Hotel Claridge, no centro de São Paulo, pertinho da redação – decidiram desenhar o mais completo retrato da mulher brasileira jamais feito. "Tudo nesta edição – desde as cartas até o ‘Brasil Pergunta’ – trata de mulheres. Trabalhando, amando, rezando, pensando, falando... sendo", escreveu Civita na apresentação. Foram seis meses de reportagens. Uma pesquisa encomendada ao mais respeitado instituto daquele tempo, o Inese, ouviu 1 200 mulheres para entregar um amplo panorama do país feminino. A principal chamada de capa: "Edição Especial – A mulher brasileira, hoje". REALIDADE chegava às bancas, tradicionalmente, dois ou três dias antes do mês anotado na capa. Poucas horas depois da distribuição de metade dos mais de 400 000 exemplares, em 30 de dezembro de 1966, uma sexta-feira, a revista começou a ser recolhida das bancas pelas viaturas do serviço de vigilância e ronda especial da polícia, com apoio da Delegacia de Costumes de São Paulo. Os 231 600 exemplares que ainda estavam empilhados na gráfica também foram confiscados – depois seriam triturados.
No despacho, o juiz de menores Artur de Oliveira Costa dizia que a publicação continha "algumas reportagens obscenas e profundamente ofensivas à dignidade e à honra da mulher, ferindo o pudor e, ao mesmo tempo, ofendendo a moral comum, com graves inconvenientes e incalculáveis prejuízos para a moral e os bons costumes". Ele atendia a uma demanda do curador de menores, que tinha sido alertado pelo governador (Laudo Natel), que ouvira o cardeal-arcebispo (dom Agnelo Rossi). "Recebemos a apreensão com espanto", diz Civita.
No dia seguinte ao embargo em São Paulo, foi decretada a apreensão também no Rio. Nas palavras do juiz de menores do então estado da Guanabara, Alberto Cavalcanti de Gusmão, "a revista REALIDADE divorcia-se, destarte, da realidade brasileira e, em matéria de costumes, de moral familiar, intenta promover – ao que parece – uma verdadeira revolução". E mais: "Na reportagem ‘Nasceu’, a revista apresenta sequência fotográfica completa, inclusive o ato da délivrance. Os editores, ao que parece, entendem que com esse realismo estão honrando o nome do periódico. É evidente que, com tal concepção de realismo, a revista chegará, sempre honrando seu nome, às mais incríveis agressões ao decoro público".
Civita lembra-se de ter se incomodado especialmente com esse trecho da decisão do juiz, o que fazia referência às sete páginas da reportagem "Nasceu!", com texto de Narciso Kalili e fotos de Cláudia Andujar, que retratava um parto em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Numa das fotografias, Preta, a grávida, já estava na cama, segundos antes de dar à luz uma menina. As pernas estão afastadas, nota-se a cabecinha do bebê apontando. Os editores de REALIDADE, ao verem a imagem pela primeira vez, foram quase unânimes: "Vai dar encrenca". Civita insistiu na publicação e, para diminuir o impacto, teve uma ideia: pôr a foto no meio das páginas 72 e 73, de modo que ela ficasse discretamente sumida na dobra da revista. Não foi suficiente para aplacar o incômodo do cardeal e das autoridades locais.
A REALIDADE recolhida virou peça de colecionador. Nas bancas, os jornaleiros que conseguiram esconder os exemplares chegaram a vendê-los por preço até cinco vezes superior ao anotado na capa (800 cruzeiros). Dos que leram, houve quem gostou (a maioria) e quem se ofendeu. Na edição seguinte, de fevereiro, existiam vinte cartas de leitores – apenas as duas primeiras condenavam REALIDADE. "Sr. Diretor: estão vendendo pornografia, mas isto vai acabar. Palmas para os srs. Juízes de Menores que saíram em defesa da moral brasileira", escreveu Clementina Soares Mintori, de São Paulo. Em defesa da publicação, Hernani L. Furtado, também de São Paulo, anotou: "Sr. Diretor: com satisfação li num jornal dessa capital que o nº 10 de REALIDADE foi lido num colégio de freiras com o consentimento da Madre Superiora. Estabelecer o diálogo é coisa importantíssima na educação da juventude e qualquer assunto, sem exceção, deve ser discutido e esclarecido para que as gerações de amanhã possam conduzir o Brasil para um futuro mais feliz".
Enquanto os leitores caçavam exemplares escondidos de REALIDADE, o advogado Sílvio Rodrigues, contratado para defender a Editora Abril, impetrava mandado de segurança junto ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O recurso foi rejeitado. No Rio, o advogado João de Oliveira Filho fez o mesmo e em sua petição de defesa chegou a citar a encíclica Gaudium et Spes (Alegria e Esperança), do papa Paulo VI, que defendia um olhar mais cuidadoso da Igreja para as mudanças da sociedade. Só houve parecer favorável – e definitivo – concedido pelo Supremo Tribunal Federal em outubro de 1968, às vésperas da decretação do AI-5, quase dois anos depois de a REALIDADE nº 10 ter virado papel picado. Nas palavras do voto do ministro Aliomar Baleeiro: "A linguagem é decorosa, a exposição se faz em tom alto e não encontrei apologia do vício, da anomalia ou mesmo da irreverência, enfim nenhum juízo de valor que se possa considerar antissocial".
A liberação veio tarde demais, evidentemente. Houve prejuízos – a Editora Abril chegou a devolver aos anunciantes, em forma de crédito, 50% do dinheiro que haviam desembolsado com páginas de publicidade, o equivalente à metade da tiragem que tinha sido apreendida. Mas aquela apreensão, espantosa por ridícula, ajudou a tornar REALIDADE ainda mais querida (e combativa) para quem a lia. "REALIDADE foi inovadora não apenas na escolha dos temas, mas também na forma como os apresentava, com textos longos, muito bem escritos, misturando jornalismo com literatura", diz Letícia Nunes de Moraes, doutora em história social pela USP, autora de Leituras da Revista Realidade 1966-1968 (Editora Alameda). A edição Mulher de 1967 foi uma espécie de cânone desse modo de fazer jornalismo. "Um modelo, um jeito de tratar de questões do comportamento, que nunca mais foi alcançado", afirma Letícia. Para Cláudia Andujar, a fotógrafa do parto, havia uma palavra a servir de sinônimo para REALIDADE: "liberdade".

Realidade, 1967Veja, 1994Veja, 2010
A mulher em três tempos 
Ao longo desta edição, em quadros com esta cor, o leitor encontrará as respostas a uma parte das perguntas feitas por REALIDADE na pesquisa publicada na edição de janeiro de 1967, às mesmas questões repetidas em 1994 por VEJA e agora, em 2010, em uma enquete realizada pelo Ibope Inteligência. A comparação dos três momentos ajuda a entender os avanços (e alguns recuos) da posição da mulher na sociedade brasileira.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Pelicanos Mercantes anunciam novo encontro

Os integrantes do Grupo Pelicano Mercante decidiram em novembro passado que o IV Woodstock Mercante acontecerá em Angra dos Reis.

Como em 2012, farão um encontro preparatório prévio nos dias 17, 18 e 19 de maio, quando avaliarão  a localidade e deverão homologar o hotel em que se realizará o IV Woodstock Mercante em novembro de 2013.

Segundo os organizadores de 17 a 19 de maio o local se chamará “ Angra dos Piratas” Um pedido especial aos colegas pelicanos: "Traga um Pelicano perdido ao Encontro".

Aliás, os Pelicanos Mercantes são destaque em reportagem na UNIFICAR número 35 que em breve estará disponível no Sindicato e aqui no blog da Revista.





domingo, 17 de março de 2013

Blog da Revista UNIFICAR tem novo logo criado por Cláudio Duarte

O premiado ilustrador Cláudio Duarte, autor das capas da revista UNIFICAR números 34 e 35, é o autor do novo logo do blog da Revista UNIFICAR.


Cláudio fez três opções para o novo logo e a opção número 3 (abaixo) foi escolhida.

Opção 1

Opção 2

Opção 3, a escolhida

Abaixo um painel de algumas ilustrações criadas pelo artista gráfico.


Quem quiser conhecer as ilustrações de Cláudio Duarte para os jornais O Globo e Extra e outras publicações brasileiras e estrangeiras, clique aqui


200 anos de Mauá na UNIFICAR: historiador defende que família Guinle "foi muito mais importante para o Brasil do que Mauá"

A partir de hoje, o blog da revista UNIFICAR vai publicar uma série sobre os 200 anos de Mauá, patrono da Marinha Mercante, que serão comemorados em dezembro. Mesmo informações polêmicas como essa nota publicada hoje na coluna de Ancelmo Gois no Globo. Leia, comente, participe. Mande links e informações de matérias sobre Mauá.

Para ler é só passar o cursor do mouse no recorte do jornal

sexta-feira, 15 de março de 2013

A ITF e as bandeiras de conveniência. Edição 35 da revista UNIFICAR já está na gráfica


Você vai ler também

"Quase nove anos depois de ser abandonado no fim do mundo, Neptunia Mediterrâneo muda de dono e de nome e volta a operar em águas brasileiras. Revista UNIFICAR relembra a tragédia que abalou os marítimos".


As duas imagens acima são meramente ilustrativas. Leia na revista UNIFICAR


Destemida de Cuba, Blogueira Santa ou Oportunista financiada pela Direita?

A imagem acima é meramente ilustrativa. Leia o texto na revista UNIFICAR 35

Revista UNIFICAR 35 também publica artigo sobre a blogueira cubana que visitou o Brasil, virou destaque na Grande Imprensa e foi recebida por parlamentares da Direita e dividiu opiniões. 

Woodstock Mercante também é destaque na Revista UNIFICAR 35

Imagem meramente ilustrativa

Leia a matéria na edição que em breve será distribuída.

Edição de março da Revista Eletrônica já está disponível em pdf



A edição on-line de março da Revista Eletrônica do Centro dos Capitães da Marinha Mercante já está disponível em pdf. Em breve daremos mais informações aqui no Blog da Revista Unificar.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Dicas do blog da revista UNIFICAR: livro histórico sobre o Titanic publicado no Brasil

Para quem gosta de ler sobre o Titanic eis uma boa pedida. O livro, escrito em 1955, nunca tinha sido publicado no Brasil. Veja mais abaixo matéria publicada no site da Folha de S. Paulo.




Relato histórico do acidente do Titanic é lançado no Brasil

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

A Amazon brasileira, que estreou anteontem, traz 500 títulos sobre o Titanic. A norte-americana, 3.000 opções. Há desde obras que comparam os menus dos cafés da manhã servidos na primeira e na terceira classes a textos emocionados como "Vovó Sobreviveu ao Titanic".


Há sociedades dedicadas ao navio com eventos anuais (titanichistoricalsociety.org), há sites com histórias de cada sobrevivente (como o titanicpassengers.com) e há até uma enciclopédia on-line sobre o naufrágio (encyclopedia-titanica.org).

Mas há um aspecto do livro escrito em 1955 pelo historiador norte-americano Walter Lord que jamais poderá ser superado: ele entrevistou 63 sobreviventes -o último deles, um bebê de nove semanas no naufrágio, morreu em 2009 aos 97 anos.
Reuters
Botes do navia Carpathia durante resgate de sobreviventes do Titanic
Botes do navia Carpathia durante resgate de sobreviventes do Titanic

O livro ganha agora -no ano do centenário do acidente que matou estimados 1.523 (e do qual sobreviveram 703)- sua primeira edição brasileira.

"Uma Noite Fatídica", tradução de Tomás Rosa Bueno para "A Night to Remember" (uma noite para ser lembrada), é um relato jornalístico sobre a noite de 14 de abril de 1912, um domingo.

Curto, objetivo, direto ao ponto, a obra apresenta o "iceberg logo à frente" já na segunda página.

Na terceira, ocorre o acidente: "Então, de repente, sentiu um movimento estranho romper o ritmo constante dos motores. Um veleiro com as velas içadas parecia estar passando a estibordo [lado direito]. Então, percebeu que era um iceberg, elevando-se, talvez, a trinta metros da superfície [um prédio de dez andares]."
Divulgação
Foto do iceberg responsável por afundar o Titanic
Foto do iceberg responsável por afundar o Titanic

BEST-SELLER
Assim, após o "vago ruído de trituração que pareceu vir das entranhas do navio" por volta das 23h40, Lord leva o leitor aos acontecimentos que desembocariam no naufrágio duas horas e meia depois, "sem campainhas nem sirenes. Nenhum alarme geral".

"Uma Noite Fatídica" foi um sucesso mundial assim que foi lançado, há quase 60 anos.
"Até o livro de Lord, o que a maioria das pessoas tinha lido sobre o Titanic vinha das notícias iniciais e, mais tarde, com a passagem dos anos, de artigos e entrevistas publicadas nos aniversários dos naufrágios", escreve o jornalista norte-americano Daniel Mendelsohn no prefácio à edição brasileira.

Havia também as reminiscências dos sobreviventes, principalmente de tripulantes, que lançavam suas memórias em forma de livros.

Mas, como nota Mendelsohn, "Lord foi o primeiro escritor a juntar tudo com um ponto de vista mais distanciado".

O prestígio de Lord durou até o fim de sua vida, em 2002. Por 50 anos, ele foi chamado para participar de praticamente qualquer projeto que envolvesse o nome
Titanic, incluindo a função de consultor do filme de 1997 do diretor James Cameron.
Um dos raros comentários feitos por Lord em "Uma Noite Fatídica" diz respeito ao destino dos passageiros de terceira classe (leia trecho nesta página).

ESTRELAS
Na metade do livro, quando o Titanic afunda, o historiador se põe a analisar as razões que levaram alguns a serem barrados nos botes salva-vidas e, mais do que isso, a anuência da sociedade da época e dos próprios passageiros mais pobres.

Foi um salve-se quem puder, com a tentativa de respeito a algumas normas. Os oficiais encarregados dos botes não deixavam homens subir, com exceções.

Mas quando a maioria das mulheres e crianças conseguiu seu lugar, não houve dúvidas de que a primeira classe tinha prerrogativa.

Conforme demonstra a demografia da tragédia (quadro à direita), salvaram-se mais homens da primeira classe (32%) do que crianças da terceira (31%), proporcionalmente falando.
A única das sete crianças da primeira classe que morreu foi uma menina de dois anos que se perdeu dos pais na corrida aos botes. Já entre as 80 da terceira classe, morreram 55.
O navio considerado inafundável tinha botes para apenas metade dos passageiros e tripulantes. E, apesar de o navio Carpathia ter partido em socorro imediatamente e ter chegado ao local do naufrágio com o nascer do sol, o frio do mar (a água estava abaixo de zero) diminuiu as chances de sobrevivência.

Outro ponto abordado por Lord é a celebridade dos mortos e o escândalo causado por isso.
Charles Chaplin só lançaria seu primeiro curta-metragem em fevereiro de 1914. Em 1912, não havia a indústria do cinema como hoje, assim como não existia televisão ou superastros da música.

Daí o fato de a "high society" ser a matéria prima para as publicações de fofoca do início do século.
Estavam no navio figuras como o dono da editora Harper, o dono da companhia de transatlânticos do Titanic e o fundador da cadeia loja Macy's -uma classe que viajava para Paris com dezesseis baús de bagagem por casal.

A morte desse grupo foi um escândalo semelhante, talvez, à morte de Tom Cruise, Clint Eastwood, Xuxa, Bob Dylan e Justin Bieber de uma tacada só, no primeiro voo turístico tripulado à Lua.
*
Leia trecho de "Uma Noite Fatídica", de Walter Lord:
A noite foi uma confirmação magnífica da norma "mulheres e crianças primeiro", mas de alguma forma a proporção de vidas perdidas foi maior entre as crianças da terceira classe do que entre os homens da primeira. Esse contraste nunca passaria despercebido pela consciência social (ou pelo faro para notícia) da imprensa de hoje [1955].
O Congresso tampouco se importou com o que aconteceu com a terceira classe. A investigação do senador Smith sobre o Titanic abrangeu tudo sobre o sol, até mesmo do que era feito um iceberg ("gelo", explicou o quinto oficial Lowe), mas a terceira classe recebeu pouca atenção. Apenas três das testemunhas eram passageiros da terceira classe. Duas delas disseram que haviam sido impedidas de ir para o convés principal, porém os legisladores, não deram seguimento ao caso. Também aqui, o testemunho não sugere nenhum acobertamento deliberado -simplesmente não havia interesse.
Nem mesmo os passageiros de terceira classe ficaram incomodados. Eles viam a distinção de classes como parte do jogo. Olaus Abelseth, pelo menos, considerava o acesso ao convés principal um privilégio incluído na passagem da primeira e da segunda classes... mesmo quando o navio estava afundando.
Estava nascendo uma nova era; e, desde aquela noite, nunca mais foram vistos passageiros de terceira classe tão filosóficos.