quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Roberto Sander, autor do livro "O Brasil na mira de Hitler - a história do bombardeio de navios brasileiros pelos nazistas", escreve artigo exclusivo para a nova revista UNIFICAR

A revista UNIFICAR mudou. Uma das novidades é a seção "ÚLTIMA PÁGINA", onde jornalistas, escritores, professores, historiadores e marítimos contarão histórias e causos de interesse dos nossos leitores. Para abrir a série convidamos o jornalista e escritor Roberto Sander, autor do livro "O Brasil na mira de Hitler - a história do bombardeio de navios brasileiros pelos nazistas". A imagem da página abaixo é apenas ilustrativa. Não deixem de ler a próxima edição que será distribuída a partir de setembro.

Reprodução do artigo de Roberto Sander na
"Última Página" da nova revista UNIFICAR

Roberto Sander, jornalista e escritor (Foto: Internet)

Para saber mais sobre o livro é só clicar aqui.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A história do Titanic em narrativa digital

Deu essa semana na capa do Segundo Caderno do jornal "O Globo" na reportagem "Narrativas DIGITAIS - Como a arte de contar histórias vem sendo remodelada por novas tecnologias e os comportamentos que nascem delas". Um dos destaques é o naufrágio do Titanic, há 100 anos. A história da tragédia é recontada através de fragmentos (páginas de jornais da época, o áudio de músicas tocadas pela orquestra do navio etc). A matéria está reproduzida mais abaixo, na íntegra. Quem quiser conferir o site é só clicar aqui.

Narrativas digitais

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Site do Sindmar divulga vídeo que desarmou os armadores em audiência pública em Brasília

Leiam o texto abaixo publicado no site do Sindmar e, a seguir, vejam as duas partes do vídeo.

Na audiência pública ordinária conjunta das Comissões CTASP (Trabalho, Administração e Serviço Público) e CVT (Viação e Transporte), realizada em 2 de agosto na Câmara Federal, em Brasília, o Presidente do SINDMAR, Severino Almeida, combateu os ataques da Armação. Os empresários ainda tentam convencer governo e sociedade com falsas afirmações de que não há oficiais mercantes brasileiros no mercado nacional. O líder sindical foi contundente e mostrou dados de um sério estudo feito pela Schlumberger, provocando o fracasso de mais esta tentativa dos armadores. Para ler na íntegra, clique aqui.

Parte 1


Parte 2

Um peixe chamado José. Leia na revista Unificar número 34

Um artigo do prático Fábio Mello Fontes contando a história de José Martins Ribeiro Nunes, o famoso Zé Peixe, é um dos destaques da revista Unificar nº 34, que será publicada em setembro. Zé Peixe, uma lenda do mar, morreu em 26 de abril desse ano em Aracaju, onde viveu a maior parte de sua vida. Não deixe de ler.

Enquanto a revista está sendo produzida, vale a pena ver uma matéria sobre Zé Peixe mostrada no "Jornal Nacional", da TV Globo.




Leia também o texto publicado no site "Vidas Simples", da Editora Abril:

"Ele passou a vida dentro d'água, buscando navios a nado. Conheça a incrível história desse velho do mar.

Esta é a história de um peixe chamado José. Há mais de seis décadas ele passa a maior parte do tempo na água. Nada quase diariamente cerca de 10 quilômetros por dia, está habituado a saltar de navios de mais de 40 metros de altura e é capaz de façanhas homéricas no mar mesmo com seus 80 anos. Zé Peixe, como é conhecido em Aracaju, é reverenciado por marinheiros dos sete cantos por sua humildade, bravura e profundo conhecimento das coisas do mar. 

E, como toda lenda, tem suas particularidades. Desde que começou a trabalhar no porto de Aracaju, Zé Peixe nunca mais tomou um bom banho de chuveiro. Também quase não bebe água doce.

O que faz de Zé Peixe uma espécie rara é a maneira como trabalha: ele vai buscar o navio a nado, enquanto seus colegas recorrem a um barco de apoio. E, quando tira o navio do porto, em vez de voltar de barco ele salta no mar. Faz assim: enrola a camisa, coloca junto com os documentos e os trocados em um saco plástico e amarra firme no calção; mergulha e volta para casa com braçadas elegantes, ritmadas, sem movimentar as pernas para não atiçar os tubarões. 

Zé Peixe, ganhou fama internacional, espalhada por navegantes de fora que lá atracaram. Os gringos me chamam de Joe Fish, diz. Certa vez, um capitão russo de um cargueiro chegou a pedir que o detivessem quando estava para se lançar ao mar achou que ele estava se suicidando.

Zé é peixe miudinho. Tem apenas 1,60 metro de altura e 53 quilos. Mesmo franzino, já realizou muitas grandezas. A maior proeza foi quando socorreu o navio Mercury, que ardia em chamas em alto-mar, vindo das plataformas da Petrobrás e com funcionários a bordo. Zé pegou carona num rebocador, ligeiro chegou ao navio e conduziu a embarcação até um ponto onde todos pudessem saltar e nadar para terra firme. Por causa de sua condição física exemplar, ele conseguiu salvar inúmeras vidas, conta Brabo, o chefe dos práticos, que há 26 anos convive com Peixinho.

Zé nunca saiu da casa onde nasceu, umas das mais antigas de Aracaju. Nem mesmo quando se casou, há mais de 40 anos (está viúvo há 20 e não teve filhos). Ajeitou uma casa para a mulher, mas não arredou o pé de lá sempre estava cuidando de alguém da família, ora a mãe, ora um irmão enfermo. Vou morrer aqui, diz. Mas só quando o capitão lá de cima desejar.

Tem também quem chega para pedir uns trocados. É que Zé costuma distribuir seu salário aos pedintes. Velhos pescadores que não podem mais trabalhar, desempregados e inválidos conhecem de perto sua bondade.

Mesmo aposentado há mais de 20 anos, Zé Peixe continua trabalhando por gosto. Acorda cedo, com o escuro. Não tem hora certa para trabalhar. Depende do fluxo de navios no porto. E das marés. Acostumou seu corpo a comer pouquinho, porque barriga cheia não se dá com o mar. Dá gastura. De manhã, basta um pão com café preto. E, depois, só fruta. Quando passa o dia inteiro no porto, faz jejum. O doutor já confirmou: Zé tem coração de menino. Nunca fumou nem bebeu. Seu vício mesmo é o mar.

Se não está a pé, está com sua bicicleta. Sempre descalço. Só usa sapatos aos domingos, para entrar na missa, ou em ocasiões especiais. Teve uma época que, para não fazer feio, o danado andava com um sapato. Um dia descobri que o sapato não tinha sola, confessa o amigo Zé Galera. Ele é o único que tem autorização para andar maltrapilho no terminal marítimo, sempre de bermuda acima da cintura e pés no chão. Por ser uma raridade, um cidadão totalmentefora do padrão, ele virou uma exceção às regras, conclui Galera, que aprendeu a nadar com ele aos 6 anos e hoje é seu companheiro na praticagem.

Ele é meu herói, diz o deputado Fernando Gabeira. Quando estava exilado na Alemanha, o deputado viu uma reportagem sobre Zé Peixe. A história do bravo nadador chamou sua atenção. Quando retornou ao Brasil, foi conhecer de perto o tal sergipano. É uma figura extraordinária. Tentei fazer um filme sobre a vida dele, mas ele não quis, conta".